terça-feira, abril 19, 2016

Sobre produtividade, progresso e medição do PIB

Lendo este post muito interessante Here's Why You Should Support A Universal Basic Income do livro do  Utopia for Realists, do jornalista holandês Rutger Bregman, separei algumas partes muito interessantes sobre como ele construiu o pensamento de que deveríamos trabalhar menos para termos mais tempo para nós mesmos, de como deveríamos mudar a forma de medição das riquezas de um país, e de como novos tipos de trabalhos surgem (imagino) como 'respostas' sem sentido a outros problemas que se acumulam na sociedade, porque talvez, imagino não tenhamos tempo, ou não somos eficientes ou não somos colaborativos. 
-Nós temos andado para trás quando pensamos longas horas de trabalho nos torna pessoas interessantes, ao ter tempo para nós mesmos significaria que somos indulgentes e preguiçosos...precisamos nos livrar de noções antiquadas do progresso econômico e, em vez medir nosso sucesso por diferentes métricas, como se estamos felizes ou saudáveis.
-Em um mundo que está ficando cada vez mais rico, onde as vacas produzem mais leite e robôs produzir mais coisas, não há mais espaço para amigos, família, serviços à comunidade, ciência, arte, esportes, e todas as outras coisas que fazem a vida valer a pena. Mas também há mais espaço para bobagem.
-Cada vez mais, por causa da automação, nós não precisamos de trabalhar muito para produzir as coisas que precisamos. Um monte de postos de trabalho não agregam valor social; eles mudam de valor ao redor, de um grupo para outro. Bregman compara trabalhadores do saneamento para os operadores de ações. Se o primeiro grupo não funcionar, estamos com problemas: as ruas estão cheias de sujeira. Se o último grupo vai em uma greve, nada de ruim acontece. Estes dias, um monte de trabalho se enquadra na segunda categoria, mesmo que seja altamente compensados, dando-lhe a aparência de valor. É um trabalho projetado para pagar as pessoas um salário, não para realmente conseguir uma função social. Pesquisas mostram como os trabalhadores sentem que os seus postos de trabalho não têm sentido ou significado...
-O problema é que PIB mede todas as coisas ruins (guerras, desastres naturais), bem como o bem (vendas de sorvete e livros), e que não consegue medir muitas coisas importantes, como o trabalho não remunerado de mulheres que cuidam de crianças ou pais idosos...

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