domingo, janeiro 23, 2011

Ideia e histórias. O que aprendemos com os filmes e suas histórias: o Incontrolável

Este final de semana fui assistir a um filme que me surpreendeu. Roteiro simples. Direto e sobretudo SIMPLES. Estou me referindo a Incontrolável, com Denzel Washington e Chris Pine. Não sei se teve boa aceitação no Brasil, mas que me surpreendeu, acredito, que influenciado por uma recente leitura que fiz do livro Made to Stick (Ideias que Colam), do Dan e Chip Heath.

O filme tem dois protagonistas o Frank Barnes e o Will Colson que são dois condutores que se deparam com uma situação importante entre decidir entre livrar a própria pele ou dar a vida para salvar um aparente vilarejo, no ponto final. Criando um plano mirabolante refutado por muitos.

 

O que este filme tem de tão bom? O filme em si, é baseado numa história real de um trem desgorvenado que depois de uma irresponsável descaso de um maquinista, acelera sem parar entre as cidade, levando tudo pelo caminho. Detalhe:ele está recheado de cargas tóxicas. Claro, é um filme americano. Super Produção. O importante não é a identidade do filme, mas a forma como foi conduzido o roteiro.
O filme me chamou atenção ao fato que ele não tem interrupções, não tem inserções de conteúdo, as vezes desnecessárias, de outros personagens, de outras histórias durante o fim. É como se fosse uma tomada única, sem interrupções e "ao vivo" (quem viu pode confirmar). (Tive  mesma sensação ao assistir Rocky V, outro filme neste mesmo aspecto). 

Exite SIMPLICIDADE em se auto-definir: é um filme de um trem desgorvenado. Somada ao fato da CREDIBILIDADE de ser um fato que existiu e contado com detalhes convincentes. Ser um RELATO de uma experiência vivida realmente por cidadãos americanos em várias cidades - que inspira. Tem SENTIMENTO, por que você se envolve tanto com o filme que esquece a possibilidade de que algo bom possa acontecer no final, conduzido com tensão e adrenalina pela história e pelos personagens. Além de "passar uma mensagem".

Gera SURPRESA, diante de um "final feliz" de uma forma diferente, sem chororôs, sem cenas melosas demais e acima de tudo: um roteiro que faz você colar na cadeira. E CONCRETUDE, o que poderia ser mais um filme hollywoodiano e foi contado "no cru". Você não duvidaria de que aquilo na vida real não poderia acontecer.

Não estou ganhando para falar sobre o filme, mas o que me chamou a atenção é simplicidade na definição do filme, não sei se por ser uma história real acontecida o relato não é "floreado", como muitos filmes que tiveram tema o 11 de Setembro fizeram ou com desastres aéreos.

Por que eu estou levantando a bola para este filme? Porque este como o Rocky V, você tem uma linha sem interrupções do início do filme até (praticamente) o final, sem pausas, sem a trilha crescer e depois diminuir ou ter momentos de "isolamento visual". E não ser um retrato meloso.

Recomendo assisti-lo por uma questão de análise do produto-filme. 
Dan e Chip Heath, escreveram que diante de uma coleta extensiva de histórias, desde lendas urbanas, relatos de profissionais no dia-dia, até histórias coletadas nas ruas, que toda boa história tem 6 princípios básicos para as ideias derem certo. Ou seja, uma história ter sucesso.

SIMPLICIDADE, CONCRETUDE, CREDIBILIDADE, RELATO, SENTIMENTO E SURPRESA.

Portanto, uma boa ideia ajuda as pessoas a:

Prestar a atenção   >  Surpresa
Compreender e lembrar  >  Concretude
Acreditar e concordar  >  Credibilidade 
Interessar-me  >  Sentimentos
Agir  > Relatos

Sendo "azeitada" pela simplicidade.

Vale a leitura e assistir ao filme.

sexta-feira, janeiro 21, 2011

Os novos desafios da nova década

Retiro um texto que li do Luis Grottera, ex-presidente da TBWA sobre novos cenários que o Brasil vai encontrar. É uma ótima sintetização do que penso. Principalmente em acreditar que o branding é uma disciplina que está cada vez mais na agenda das empresas de todos os tamanhos. (Precisa estar pelo menos). Ainda mais pós contato físico e até digital. Afinal o que fica após o digital? Isso é uma conversa para outro momento. Vale a leitura abaixo.

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As áreas de marketing e comunicação vão ganhar mais importância porque a sociedade com quem vamos nos comunicar para fazer negócios será mais exigente e sofisticada.

Por Luis Grottera

Logo após o estouro da crise financeira do sub-prime, Nancy Pelosi (democrata e presidente da Câmara dos Representantes norte-americano) mandou um verdadeiro torpedo para o mundo financeiro: “the party is over for Wall Street”. 


O tal “mercado” globalizado tinha virado um gigante cassino. De lá para cá, temos assistido um vagaroso e dolorido processo de reconstrução.

A última tentativa de manter o status-quo foi o imoral pagamento dos bônus aos gênios da AIG. Diante do sofrimento com a ditadura estabelecida pelos crupiês financeiros globais, a sociedade reagiu prontamente e confirmou a ordem da Sra. Pelosi: a farra acabou, babies!

Para o Brasil o timing daquela crise foi um desastre. Nunca os cenários macro e micro-econômicos assim como o global e o local estiveram tão sintonizados com uma clara indicação que teríamos mais três ou quatro anos de crescimento vigorosos. Experiência que desde a década de 70, com a ditadura militar, não tivemos o prazer de experimentar. 

Uma sociedade sem crescimento adoece, os planos de vida perdem luz, o empreendedorismo desaparece e a insegurança (pessoal e social) domina. O oposto do que se via por esse país afora nos últimos dois a três anos. O brasileiro comum estava feliz, voltando a ter planos na vida. Milhões adentravam a classe C. 

Havia um consenso entre as autoridades econômicas e opinion makers globais que o Brasil ia sair da crise proporcionalmente maior do que entrou. E foi o que aconteceu. Temos uma fantástica expertise em crises. E pela primeira vez, enfrentamos uma crise vendo as coisas pelo lado de cima. 

Há confiança (talvez até esperança) no mercado brasileiro, nossas empresas estão proporcionalmente bem posicionadas. Em todas as “crises dos planos e moedas” que passamos, nossa missão era sobreviver. Agora estamos na ofensiva. É uma oportunidade de recuperar a famosa década perdida em 90.

Pressão por resultados

Presidentes de empresas e profissionais de marketing estarão arquitetando nos próximos meses decisões que terão reflexos diretos na atuação de seus negócios na próxima década inteira. Orçamentos ainda muito mais apertados, exigências por resultados de curto prazo, pressão de toda empresa por decisões conservadoras, nada deve subjugar a relevância da manutenção das intenções de médio e longo prazo. 

Mais do que nunca teremos que nos dedicar a aumentar a eficácia das atividades de marketing. Pós-crise as áreas de marketing e comunicação ganharão ainda mais importância. Por um único motivo: a sociedade com quem vamos nos comunicar para fazer negócios será ainda mais exigente e sofisticada. Técnicas simples e eficientes de novos apelos de consumo através da simples sedução terão baixo retorno. 

Quase tão importante quanto isso para boas relações entre o consumidor e a marca, serão os movimentos em defesa do meio-ambiente e de exigência de responsabilidade social por parte das empresas. Esse será o preço a ser pago pelo mundo dos negócios por toda farra da crise financeira. O mundo real agradece.

Aqui cabe uma reflexão sobre o comportado comportamento das empresas. As estruturas e os pensamentos vigentes em marketing e comunicação terão capacidade para enfrentar o que a mudança do mercado exigirá? Tenho dúvidas. Especialmente para a grande maioria das marcas que ainda atua de forma antiquada.
O momento é altamente favorável para se pensar fora da caixa. É preciso rever a importância estratégica desses temas dentro da empresa, o formato, os fornecedores, os sistemas de trabalho.

A comunicação em muitos canais

A nova relação com a sociedade de consumo exigirá ainda mais pluralidade e diversificação na comunicação. Isso significa que aumentar a integração entre os vários canais de comunicação que sua marca já utiliza, será uma necessidade ainda maior. Isso será mais fácil para as empresas que tenham um entendimento mais profundo sobre a importância do branding na sua gestão empresarial.

O branding será a alma do negócio na próxima década. Pois como metodologia de gestão empresarial é mais abrangente, mais sofisticada, com impacto mais amplo e profundo no negócio da empresa e mais condizente com um mercado plural que imperará na sociedade pós-redes sociais.

O sofisticado mercado de comunicação brasileiro oferece uma ampla oferta de opções para se arquitetar soluções estratégicas de comunicação diferenciadas, criativas  e eficazes. Mas também é verdade que esse mercado que perdeu a dianteira no que se refere a implementação de técnicas de branding modernas

Repense sua estratégia de marketing atendendo as necessidades de curto-prazo, mas priorizando o quem vem pela frente. Redesenhe de uma forma profunda e abrangente a atuação da sua empresa para fazer sentido com os novos tempos. 

Os anos que vêm pela frente trarão desafios profissionais de grande excitação. Será uma década inesquecível. [Webinsider]

Imagens: hsm e aqui

quinta-feira, janeiro 13, 2011

Reflexões da prática

As mudanças numa empresa são a PRATICA DO CONHECIMENTO. (Vicente Falconi)

• Qual a qualidade do seu conhecimento hoje? Você de
sente preparado? Você tem consciência e fortaleza do que você sabe hoje? Poderia explicar uma idéia dentro do elevador para seu chefe ou diretor de criação?

• Qual a qualidade do que lhe é fornecido no ambiente de trabalho? (pense no acesso as informações)

• Você trabalha para quem: seu chefe, sua empresa, para você ou para o consumidor?